sábado, 28 de janeiro de 2012

Talvez sim, talvez não.


 
Um homem vivia com seu filho na
sua fazenda e possuía apenas um cavalo. Certo dia, este cavalo fugiu. Seus
vizinhos vieram consolá-lo e disseram: "Você é um homem
de azar, possuía só um cavalo e agora perdeu tudo". Mas o homem,
simplesmente disse: "Não sei não. Não sei se foi sorte
ou azar... Pode ser que sim pode ser que não...".

Os vizinhos
exclamaram: "Mas é lógico que é azar. Você está
doido. Como pode ser sorte?"

Passou-se um tempo, e o cavalo voltou
com vários cavalos selvagens. Os vizinhos voltaram, assombrados e perplexos
e disseram: "Você é um homem de sorte, agora ficou rico com
tantos cavalos".

Novamente, o homem replicou: "Não sei
não... Pode ser que sim, pode ser que não...".
Desta vez,
os vizinhos ficaram bravos com ele: "Mas como pode dizer isto? Evidente que
é sorte, pois você se tornou rico. Realmente você está
ficando doido..."
Mas o homem continuou tranqüilo sem se perturbar.

Um dia, seu filho único resolveu domar um destes cavalos selvagens,
mas caiu do cavalo e quebrou a perna e precisou ficar engessado bastante tempo.

Os vizinhos lamentaram a má sorte do homem: "Você é mesmo
um homem de azar. Tem somente um filho que é seu apoio, sua ajuda e agora
lhe acontece isto".
E sabiamente, o homem respondeu: "Não
sei não... Não sei se é sorte ou azar... Pode ser que sim,
pode ser que não...".

Os vizinhos se afastaram com raiva
e, ao mesmo tempo, sentindo compaixão por aquele homem que não entendia
nada e estava fora de seu juízo.

Pouco tempo depois, uma guerra
violenta foi iniciada e todos os filhos dos vizinhos foram convocados para a guerra.
Menos o filho deste homem que foi poupado por estar com a perna quebrada.

Desta vez, os vizinhos voltaram cabisbaixos e exclamaram: "Você
é um homem sábio. É um homem de sorte".
E o homem,
tranqüilamente, respondeu: "Não sei não, pode ser que
sim pode ser que não...".

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